Chesterton e o Universo

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Descrição

Autor: Scott Randall Paine

Ano de Publicação: 2008

Editora: UnB

ISBN: 978-85-230-1230-4

 

O filósofo busca, antes de mais nada, um norteamento sobre sua situação no mundo a partir de princípios. Depois, ele se pergunta se existe algo ou alguém além do mundo, um Absoluto, um Deus. Para Tomás de Aquino, antes de falar de Deus, a atitude que assumimos para com o mundo físico ao nosso redor impõe-se soberanamente. Se você escolhe aceitar essa existência – evidente, refulgente, mas imprecisa-, sua mente abrir-se-á cada vez mais às riquezas do real. Mas você pode recusá-la. Essa escolha precede toda lógica, é principal e desprovida da exatidão de uma fórmula ou da discursividade de um argumento. Alguns dos maiores filósofos modernos, desconfiando dessa imprecisão, recusaram-se a começar com a evidência do mundo extramental e procuraram substituí-la por um novo princípio mais preciso, mas também mais subjetivo. Pode parecer implausível que essa escolha tenha causado algumas das confusões e dos transtornos agora ta característicos do homem contemporâneo. Mas é a essa conclusão que o jornalista inglês G. K. Chesterton chegou depois de ter quase caído, ele mesmo, no buraco negro do “pensamento que pára todo pensamento”. No livro Ortodoxia, Chesterton defende a maneira pré-racional, mas não por isso irracional, da capitação dos primeiros princípios filosóficos nos campos teórico e moral. Depois, ele adverte que a recusa dessa “primeira saudação do universo” é capaz de gerar uma abundância de anomalias lógicas e éticas na vida humana. Mas maior surpresa apresentada é a descoberta de que o cristianismo secunda essas constatações. O presente livro introduz esse autor pouco conhecido no Brasil e mostra que, além do humor e da espirituosidade pelos quais é bem conhecido na Inglaterra, Chesterton possuía tamanha penetração filosófica que levou Étienne Gilson a considerá-lo “um dos pensadores mais profundos que já existiram”.

 

Código: 593