O museu mefistofélico e a distabuzação da magia: análise do tombamento do primeiro patrimônio etnográfico do Brasil

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Descrição

Autor: Alexandre Fernandes Corrêa

Ano de Publicação: 2009

Edição: 1ª

Editora: EDUFMA

ISBN: 978-85-7862-047-9

 

Trabalho final da pesquisa de pós-doutoramento sobre os usos do conceito de patrimônio etnográfico no Brasil, através da análise do significado cultural da Coleção Museu de Magia Negra da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Através do mapeamento sumário das significações que o termo etnográfico pôde adquirir na história, almejou-se compreender como emergiu a ideia de bem cultural de natureza etnográfica. Observa-se que o conceito de etnografia apareceu no momento em que se elaboravam, e disputavam, diferentes versões do mito nacional brasileiro, um processo que se desenrolou desde os primórdios da luta pela Independência e se cristalizou com a República. No contexto de afirmação de uma unidade nacional política e ideologicamente organizada, emergiram as noções de bem folclórico e etnográfico, duas noções fabricadas na Europa dominada pelo evolucionismo científico positivista. Como pano de fundo da análise colocou-se o movimento artístico e cultural modernista, que eclodiu na década de 1920. Nesse período histórico ocorreram diversas ações policiais, jurídicas e psiquiátricas contra as práticas de magia, feitiçaria e bruxaria. No estudo sobre o significado cultural do primeiro patrimônio etnográfico do Brasil, tombado em 1938, buscou-se também analisar a biografia e a obra do poeta carioca, Dante Milano, diretor do Museu da Polícia Civil do antigo Distrito Federal, a partir de 1945. Essa pesquisa desenvolve a teoria do ‘retorno do encoberto’ e da ‘distabuzação’ através da antropologia do olhar e da análise intercultural desse acervo museológico.

 

 

Código: 917